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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

As invasões no bairro do Rocha

Tenho mais de 50 anos e aqui nasci. Vi meus pais trabalhando duro para pagar um financiamento da Caixa Econômica para que pudessesm melhorar de vida e assim dar uma vida melhor para os filhos, eu via a luta deles trabalhando em 1 ou 2 empregos para que com o suor do trabalho tivessem a dignidade de ter algo deles de forma legal e para que pudessem deixar um bem para a família que pretendiam criar. O tempo foi passando os órgãos públicos foram esquecendo do Rocha, deixando o bairro ficar abandonado e infelizmente um bairro basicamente residencial foi sendo tomado por empresas que construiam prédios enormes usando terrenos enormes e que aos poucos foram falindo e sendo abandonadas. Algumas dessas empresas como uma antiga fábrica de açúcar na rua Conselheiro Mayrink foi invadida (assim como outros terrenos na Rua Ana Neri, Major Sukow)e começou a trazer a favelização do bairro. A invasão hoje conta com diversas famílias que estão aos poucvos destruindo o bairro, roubam água, luz, constroem comércios ilegais (sem recolher impostos municipais e estaduais) e com isso por causa da concorrência desleal as lojas legalizadas estão aos poucos fechando. Sem falar que a invasão trouxe coisas que nosso bairro até então não conhecia como moradores de rua, roubo de portões de metal, roubo de hidrômetros, usuários de crack e maconha nas ruas e o pior de tudo venda de drogas nesse terreno invadido. Sera que nosso prefeito só terá olhos para nosso bairro quando o bairro do Rocha inteiro se tornar uma grande favela? ou será que o nosso prefeito tentará dar um cala boca oferecendo uma redução de iptu ao invés de solucionar os problemas acabando com as invasões e construído algo de útil para o bairro nesses terrenos invcadidos? Eu particularmente digo que se me oferecerem redução de iptu vou recusar indnado pois não quero esmolas, quero sim que os invasores sejam retirados pois indigna-me ver que ao invés de trabalhar duro como meus pais fizeram há mais de 50 anos para ter algo deles legalizado pagando com dificuldade um financiamento da Caixa , hoje basta invadir que a prefeitura vai lá com peninha e legaliza a invasão. Será que a prefeitura do Rio tem consciência que o número de moradores legais indignados com as invasões é muito maior do que os moradores das invasões? Os políticos em geral e o prefeito deveriam se preocupar com isso pois a arma dos moradores legais do Rocha será o voto....

4 comentários:

  1. Boa tarde.

    Já tinha visto seu blog anteriormente, porém somente hoje resolvi parar por aqui com mais calma para escrever minhas considerações.

    Moro no Rocha desde que nasci, aqui também foram criados meus pais, avós e até mesmo bisavós. Concordo com TUDO que por aqui foi citado, de fato nosso bairro está em uma acelerada decadência, na qual temo muito pelo final dessa história. Vejo fotos antigas guardadas pela minha avó, confesso que é até difícil acreditar que se trata do Rocha. Éramos um bairro lindo, com casas bonitas, ruas bem cuidadas, comércio pequeno porém bem organizado.

    Moro mais precisamente dizendo, na rua Doutor Garnier, onde longo dos anos fui acompanhando as diversas invasões e o progresso da falta de atenção dos Governantes com nosso bairro. Árvores foram cortadas e nunca replantadas, o asfalto está cada vez pior, calçadas em péssimo estado, comércio cada vez mais fraco, segurança fraca, nenhum investimento de melhoria em infraestrutura e ainda por cima diversas invasões ocorrendo ao longo dos anos.


    Se nada for feito por aqui, como o senhor mesmo citou, seremos de fato mais uma comunidade no RJ. Ao contrário da sua opinião, confesso que nunca comemorei a vinda do Bairro Carioca. Ao meu ver, será somente mais uma comunidade no futuro, e digo e repito, de nada trouxe vantagem para nosso bairro.

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  2. Muito interessante, um comentário tão antigo e tão atual, isso mostra que o nosso bairro não evoluiu em nada, o que é muito triste! As invasões continuam acontecendo. Esse dias invadiram a antiga empresa da Oi telefonia que está abandonada a anos, e nessa semana tentaram invadir uma enorme fabrica abandonada também a anos, próximo a minha casa. na Ari Parreira. Tenho até curiosidade em saber o que funcionava ali. Não entendendo porque não tomam providencia sobre esses abandonos.

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  3. Fico contente que ainda haja pessoas dispostas a lutar pelo bairro onde moramos, muitos até por várias gerações, como é o meu caso. Infelizmente não tive conhecimento desse blog antes, mas nunca é tarde para se divulgar, e quem sabe possamos organizar uma resistência à degradação que se processa a passos largos nas ruas onde nos criamos e ainda vivemos!? É indigna a maneira como o poder público nos trata, nos ignorando completamente. Antigos moradores do bairro hoje são obrigados a conviver com o desrespeito diário tanto por parte de grupos populares que invadiram e se apossaram de terrenos anteriormente pertencentes a fábricas que faliram ou se mudaram, como da própria prefeitura que nada fez e nada faz para coibir essas ilegalidades que praticamente já se consolidaram e são responsáveis pelas cenas quotidianas de total falta de respeito ao bem público, às regras de civilidade, convivência e urbanidade. Também, não poderíamos esperar outra coisa de quem vive à margem da Lei; aliás, as leis só existem para os cidadãos que pagam impostos e taxas regularmente - a esses o Estado cobra o cumprimento do conjunto de regras a que toda sociedade decente deve respeitar. Ao contrário, a prefeitura fecha os olhos a todas as irregularidades, muito provavelmente pensando em colher os frutos em eleições, esquecendo-se que os moradores antigos do bairro também votam. Nós também somos cidadãos e queremos discutir o futuro do nosso bairro. Queremos debater, dialogar com o poder público sobre as mudanças que estão sendo propostas - ou melhor, IMPOSTAS pelo Estado (governos federal, estadual e municipal). É assim que se constrói uma democracia. É assim que se constrói um país sem violência. Nós existimos também. Ninguém nunca nos questionou sobre o que precisamos, quais as nossas necessidades em termos de equipamentos urbanos, o que poderia ser feito com os terrenos que foram abandonados pelas indústrias que fecharam as suas portas. Do que precisamos? Precisamos de serviços públicos como transporte de massa (metrô, variadas linas de ônibus decentes, bondes), investimentos em urbanização, manutenção de logradouros, áreas de lazer, praças públicas, jardins, escolas, segurança pública, postos de saúde de qualidade, limpeza pública - isso para citar o mínimo que não temos mais. Chega de sermos tratados como invisíveis. O nosso dia-a-dia ficou insuportável: é som alto noite e dia, lixo espalhado pelas ruas, brigas e gritarias, violência de toda a natureza, comércio ilegal, assaltos, roubo de luz e água - basta! Precisamos nos unir, criar um abaixo-assinado no change.org ou coisa semelhante e deslanchar uma campanha que nos reconduza ao direito à cidade, a morar e viver decentemente, como viveram meus avós quando se mudaram para esse bairro no início dos anos 30. De lá para cá muita coisa mudou, principalmente a cara do bairro que hojhe caminha para ser mais uma "comunidade" do Rio, principalmente nesses últimos governos do Eduardo Paes.

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  4. Fico contente que ainda haja pessoas dispostas a lutar pelo bairro onde moramos, muitos até por várias gerações, como é o meu caso. Infelizmente não tive conhecimento desse blog antes, mas nunca é tarde para se divulgar, e quem sabe possamos organizar uma resistência à degradação que se processa a passos largos nas ruas onde nos criamos e ainda vivemos!? É indigna a maneira como o poder público nos trata, nos ignorando completamente. Antigos moradores do bairro hoje são obrigados a conviver com o desrespeito diário tanto por parte de grupos populares que invadiram e se apossaram de terrenos anteriormente pertencentes a fábricas que faliram ou se mudaram, como da própria prefeitura que nada fez e nada faz para coibir essas ilegalidades que praticamente já se consolidaram e são responsáveis pelas cenas quotidianas de total falta de respeito ao bem público, às regras de civilidade, convivência e urbanidade. Também, não poderíamos esperar outra coisa de quem vive à margem da Lei; aliás, as leis só existem para os cidadãos que pagam impostos e taxas regularmente - a esses o Estado cobra o cumprimento do conjunto de regras a que toda sociedade decente deve respeitar. Ao contrário, a prefeitura fecha os olhos a todas as irregularidades, muito provavelmente pensando em colher os frutos em eleições, esquecendo-se que os moradores antigos do bairro também votam. Nós também somos cidadãos e queremos discutir o futuro do nosso bairro. Queremos debater, dialogar com o poder público sobre as mudanças que estão sendo propostas - ou melhor, IMPOSTAS pelo Estado (governos federal, estadual e municipal). É assim que se constrói uma democracia. É assim que se constrói um país sem violência. Nós existimos também. Ninguém nunca nos questionou sobre o que precisamos, quais as nossas necessidades em termos de equipamentos urbanos, o que poderia ser feito com os terrenos que foram abandonados pelas indústrias que fecharam as suas portas. Do que precisamos? Precisamos de serviços públicos como transporte de massa (metrô, variadas linas de ônibus decentes, bondes), investimentos em urbanização, manutenção de logradouros, áreas de lazer, praças públicas, jardins, escolas, segurança pública, postos de saúde de qualidade, limpeza pública - isso para citar o mínimo que não temos mais. Chega de sermos tratados como invisíveis. O nosso dia-a-dia ficou insuportável: é som alto noite e dia, lixo espalhado pelas ruas, brigas e gritarias, violência de toda a natureza, comércio ilegal, assaltos, roubo de luz e água - basta! Precisamos nos unir, criar um abaixo-assinado no change.org ou coisa semelhante e deslanchar uma campanha que nos reconduza ao direito à cidade, a morar e viver decentemente, como viveram meus avós quando se mudaram para esse bairro no início dos anos 30. De lá para cá muita coisa mudou, principalmente a cara do bairro que hojhe caminha para ser mais uma "comunidade" do Rio, principalmente nesses últimos governos do Eduardo Paes.

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